É importante também salientar que:
1 - Apesar do título, potencialmente controverso, do post Felicidade e Economia, as medidas subjectivas de bem-estar não pretendem substituir mas antes complementar as medidas mais objectivas existentes
e...
2 - Ainda que correctamente medidas (em termos de validade das questões, representatividade da amostra, qualidade do inquérito) estas medidas não cobrem todas as dimensões importantes do bem-estar. Por exemplo, a qualidade do ambiente, as perspectivas que se criam hoje para o médio/longo-prazo (em termos de saúde,, educação, ambiente, capacidade apra continuar a crescer...) são componentes muito importantes que, ainda que não tenham um impacto imediato nas respostas dos cidadãos a estas questões, devem ter um papel importante nas políticas económicas e sociais.
Referência essencial:
--> Nota: na tabela 2 deste artigo os autores reproduzem os resultados de um estudo que fizeram à satisfação/felicidade de 909 mulheres do Texas com diversas actividades do dia-a-dia. A actividade que maior felicidade conferia às texanas era "relações íntimas", ou seja sexo! No entanto outros factos inesperados e interessantes incluem a baixíssima satisfação reportada associada a "cuidar dos filhos", o facto de "fazer compras" contribuir menos para o bem-estar destas mulheres que "socializar no trabalho" e "utilizar o computador (em casa)" estar associado com menor satisfação do que "cozinhar" e a um nível pouco mais elevado do que "trabalhos em casa"... No artigo referido aqui os autores discutem algumas razões para estas descobertas e potenciais enviesamentos que podem ser introduzidos pelos inquéritos. Apresentam ainda um método, o day reconstruction method que visa fornecer um retrato mais objectivo da felicidade e minimizar estes enviesamentos. Outras alternativas para minimizar enviesamentos podem passar por preparar cuidadosamente os inquéritos e utilizar métodos de correcção que permitam obter respostas verdadeiras - ver por exemplo:
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